21 de agosto de 2014

(encaminhado por Laerte Braga)


A MORTE E O ESPETÁCULO DO OPORTUNISMO.

Camille Helena Claudel

Um trágico acontecimento marcou mais uma vez o mês do agosto, um dito, adágio popular frisa agosto, o mês do desgosto...  Na última semana a morte prematura e inesperada nos privou de 7 vidas, 7 profissionais competentes em suas funções;  as vítimas estavam envolvidas na campanha à presidência do PSB:  Pedro Almeida Valadares Neto, o assessor de imprensa, Carlos Augusto Ramos Leal Filho (Percol), Alexandre Severo Gomes e Silva (fotógrafo), Marcelo de Oliveira Lyra (staff da campanha), os pilotos Marcos Martins e Geraldo da Cunha e a vítima mais conhecida; o ex-governador de Pernambuco candidato à presidência pelo PSB, Eduardo Campos.

Eduardo era um homem carismático, neto de Miguel Arraes, ex-governador caçado e perseguido pela ditadura, que apoiou as Ligas Camponesas propostas por Francisco Julião e se exilou na Argélia parte de sua vida. Por conta disso, Arraes ficou anos sem ver o neto a quem ensinou muito quando voltou, tornando-o um jovem político querido pelo ex-presidente Lula que o conheceu desde de pequeno, já que era amigo do seu avô. Lula acompanhou e ajudou na escalada política do jovem candidato a governador posteriormente. Na verdade, o apoio do PT nos seus dois mandatos como governador lhe valeu fama e bons dividendos para o estado.  Como um prematuro candidato rompeu com aliados fieis de longa data e negou o que havia recebido pelo PT: apoio e ajuda financeira para desenvolver enormemente Pernambuco, que chegou a ser o estado nordestino que mais se desenvolveu nos últimos anos. Tornou-se o governador mais popular cerca de 80% de aprovação. Na sua corrida pelo poder o candidato tentou agregar forças muito divergentes e muito conservadoras e alguns sem projeto pelo caminho. Morreu deixando essas forças tentando dialogar. Infelizmente, muitos acontecimentos “lamentáveis “se sucederam a morte de Eduardo, espetáculos envolvendo seu funeral e uma farta campanha nas imagens que se seguiu. A escola política oportunista e imediatista brilha intensamente.
   
A chocante morte de Campos no mesmo dia em que há nove anos se foi Miguel Arraes, nos deixa pensar sobre tudo, a efemeridade da vida e incertezas não só na política.  Mas foi politicamente que o quadro mudou e tomou formas muito estranhas, com um manancial de dúvidas para os seus oponentes. Eduardo e Marina não emplacaram a promessa que pareciam ser e apesar da novidade, as aparições dos dois sempre esteve em descompasso, seja com o “organismo” que Marina criou e penetrou no partido PSB. A candidata da abortada Rede não parece confortável com as alianças que o PSB fez em Minas e principalmente em São Paulo, onde Marina não apoia o PSDB por serias divergências pessoais.  Não tem no PSB amplo apoio, de lideranças históricas como Luiza Erundina.
Além de tudo isso com a morte de Campos e a escolha de Marina Silva para seu lugar ficaram mais evidentes as enormes divergências de algo que se diz uma terceira via, o novo na política, mas apoiando fortemente em Santa Catarina o candidato ao senado Bornhausen, um vice muito ligado ao agronegócio escolhido, falaremos mais adiante sobre o apoio que existia ao PSDB paulista, no título de novo não se adequa em nada se for feita uma análise mais amiúde.
Sobre o acidente muitas dúvidas se instalaram sobre a manutenção do avião, modelo da Cessna, fabricante do jato Citation 560 XL que foi emprestado por empresários. Agora se discutem falhas no modelo envolvendo o trem de pouso , o cansaço do piloto com uma rotina extenuante. Aqui   http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/08/imagens-ineditas-mostram-pela-1-vez-queda-do-aviao-que-matou-campos.html

Eduardo morreu a caminho de um encontro com bancos internacionais junto com Marina, essa decide ir do Rio a São Paulo diretamente, apesar de convidada por Eduardo Campos, iria para um evento na cidade de Santos chamado Santos Export. Marina havia aceitado mas, surpreendentemente no último minuto muda de ideia e decide ficar pra um debate segundo sua assessoria, certamente para organizar o evento com banqueiros internacionais que tem enorme simpatia por ela.
 
Marina Silva vale lembrar tem uma relação tumultuada com partidos dos quais fez parte como PT e PV e tentou fundar a Rede Sustentabilidade, partido não partido, que continua sendo um mistério até na sua criação, pois não teve as assinaturas necessárias para registrá-lo embora se apoiasse nos vinte milhões de votos que teve Marina nas eleições anteriores para presidente mas servindo apenas embolar o jogo no meio  da eleição em 2010, sua saída dos partidos também não foi muito pacifica. Ela saiu do PT envolvida em denúncias com seu marido, que até ontem ocupava um cargo do partido que Marina ataca, como entre outras coisas “CHAVISTA”. A Os problemas dão conta de um cargo pedido pelo PT.  Mas as ligações com ONGs que repassavam madeira pra Cikis madeireira é o que dá a dimensão dos problemas de Marina. Junto com seus financiadores Natura e Itaú envolvidos em denúncias de debito tributário e no caso da natura exploração de trabalho indígena.


Outro fato a citar foi que depois da morte de Eduardo, em um funeral campanha que criou atrito entre um aliado de ocasião que na verdade foi sempre um  opositor ferrenho a Eduardo Campos : Jarbas Vasconcelos , a briga seria pela presença do  ex-presidente Lula amigo da família e a presidente Dilma que ocasionou uma efusiva manifestação de carinho por parte de Duda , Eduarda a primeira filha do ex-governador morto e a confissão que votaria na indicada por Lula  o próximo evento foi ao aniversário da viúva e a falácia do discurso usando o candidato falecido A viúva Renata Campos na data seria o aniversário de Renata em uma casa de festas conhecida em Recife a que o governador desejava comparecer antes da tragédia.  Numa primeira fala já se mostra disposta a transformar seu luto em comício no dia do seu aniversário, em suas palavras:
“Como participei a vida toda de campanhas, não será diferente nesta. #Pelo contrário, tenho a sensação de que tenho que participar por dois a tragédia. Tem sido muito cotada como vice da outra e consorte do ex governador e mostra que é hábil em articulações também. O PSB a cogita para coordenar a campanha estadual... o que se fara por enquanto é dúvida “A gente (ela e Eduardo) queríamos consolidar essa vitória. Acho que só depende de nós. Estou aqui com Duda, João, Pedro, José e Miguel para dizer: Paulo (Câmara), Raul (Henry) e Fernando (Bezerra), contem com a gente”, prontificou-se. O nome de Marina Silva, que deve assumir a cabeça de chapa do PSB para a corrida presidencial, não foi citado nenhuma vez, bem como nada se falou sobre a disputa nacional. No início do evento, porém, o prefeito do Recife Geraldo Júlio (PSB), anunciou que a reunião seria restrita ao cenário local.

Nos discursos, enfaticamente se fala sempre em “se fazer a vontade de Eduardo”. Renata também puxou o coro para manutenção da memória do marido durante a campanha. “Pode parecer que o nosso maior guerreiro não está na luta, mas os seus sonhos estarão sempre vivos em nós”. O encontro desta segunda estava na agenda do presidenciável Eduardo Campos há uns dez dias. Ele viria a Pernambuco para o aniversário da esposa, que seria comemorado durante a noite. “Ele pediu para marcar essa reunião. Depois da tragédia ele Sileno me perguntou ‘e agora’ e eu disse, mantem tudo como estava”, comentou Renata ainda durante o discurso. Os presentes cantaram parabéns para ela por duas vezes. Na parte de trás, um bolo de três andares estava preparado, mas não chegou a ser cortado.

Durante o evento, a militância do PSB, que lotou a casa de recepções Blue Angel, no Derby, pediu que a ex-primeira-dama de Pernambuco assumisse o posto de vice, mas ela não tocou no assunto. Renata completou nesta segunda (18) 47 anos:

Veja na íntegra o discurso de Renata Campos durante o encontro com a militância do PSBAcho que devem estar pensando. Renata aqui hoje. Eu estava, como estive em tantos momentos ao lado de Dudu, quando ele pediu para marcar essa reunião. Depois da tragédia ele Sileno me perguntou ‘e agora’ e eu disse, mantem tudo como estava. Como participei a vida toda de campanhas, não será diferente desta. Pelo contrário, tenho a sensação de que tenho que participar por dois. E aí vim porque sei da vontade dele e da importância que tem esse trio. A gente comentava sempre, depois de todos esses anos, de todo o trabalho sabendo que muita coisa ainda precisa ser feita, outras consolidadas. A gente pensava precisamos consolidar essa vitória. Acho que só depende de nós. Estou aqui com Duda, João, Pedro, José e Miguel para dizer Paulo, Raul e Fernando, contem com a gente. Pode parecer que o nosso maior guerreiro não está na luta, mas os seus sonhos estarão sempre vivos em nós. Fica tranquilo Dudu, teremos a sua coragem para mudar o brasil. Não desistiremos do brasil, é aqui que cuidaremos dos nossos filhos.  
 Existe uma mistificação da figura de Renata e de Marina, ambas se autopromovem e pela sua militância como figuras sinaladas pela sorte pelo destino uma farsa já vista em diversos momentos em uns pais de crédulos como o nosso. Para uma campanha madura só resta discutir conceitos , então diante de certas afirmações  :        aqui

A PALAVRA DE ORDEM É DESMISTIFICAR TANTO A SUPOSTA JACQUELINE KENNEDY QUANTO A D. SEBASTIÃO DE SAIAS, UMA ESTÁ MAIS PRA LADY MACBETH E A OUTRA PRA TESTA DE FERRO DO CAPITAL INTERNACIONAL E FORÇAS CONSERVADORAS. AMBAS RESPONDEM A ANSEIOS E PROJETOS PESSOAIS DE PROTAGONISMO

 Marina por onde passou deixou isso bem claroque  é ungida e  inclusive não  beneficiou  com seu protagonismo em nada os partidos onde se filiou. A surpresa é Renata Campos, atuante na política ... talvez mas também tenha influenciado na escolha azarada de Eduardo Campos ser candidato em vez de esperar uma indicação que certamente viria de seu aliado e amigo de longa data com o qual o governador rompeu politicamente para seguir carreira solo. Renata se revela muito interessada em política, influenciando em questões simples no palácio como nomear para guarda cerimonial, até a provável influência decisão de se candidatar antes do tempo proposto por seu maior aliado tomada por Eduardo .

Depois de tudo está claro que Renata não saíra como vice na chapa encabeçada pelas 2 apesar de se dizerem amigas. Renata porem não desistirá de articular as coisas.  Os nomes mais cotados pra a vice ficou mesmo com Beto Albuquerque perfil bem pouco “alternativo “como pensa a REDE, e chegou a se cogitar o pernambucano Danilo Campos dois quadros do PSB  mais  ligados a essência do partido digamos .

 Agora os grupos que apoiavam Eduardo Campos sem SP se fecham de vez e acabou o dito Edualdo, que combinava Eduardo com seu carisma que aliado Alckmin assustava o candidato do PSDB.
Com a escolha de Marina migram todos para a campanha de Aécio novamente. quanto ao vice escolhido o gaúcho Albuquerque líder do PSB na câmara muito próximo ao agronegócio   é bem duro com Marina no tocante a sua posição indefinida e seu projeto da Rede , fala claramente que ela DEVE  se alinhar dentro do PSB e abandonar  a Rede  cumprindo através de documento com suas  obrigações e fidelidade ao partido que escolheu A REDE que se cuide ,  as parcas ideias  que por ventura alguns defendiam  sucumbiu de vez ao pragmatismo do agronegócio e ao desejo incontido e avassalador que Marina tem de ser  presidente qualquer custo , a postura do PSB  também   já  demonstra  a confiança  na  pessoa de Marina silva  pela escolha do  vice  em que nível está.  A escolha Albuquerque ... fica claro que o PSB quer manter Marina nas linhas ... ou seja nas linhas do contrato que assinará ...  

 P.S.: As imposturas de Marina são importantes pois desmontam suas mistificações das "teias de Deus" "providências divinas "e similares. Ela tenta se vender como um dom Sebastião de saias... "destino manifesto " do país in persona ... a tosca e medíocre verdade é o q tem por trás de Marina: são as forças conservadoras de sempre e o Mercado alijados do poder, em sua plenitude, atualmente, na América do Sul. Com uma fala q descarta a realidade da esquerda e a direita oferece o suposto novo da " terceira via...".... nas mesmas coligações de sempre... festejando um funeral "copiosamente". Esses, os de antes, têm em Marina uma esperança de volta: não vão querer desistir de explorar o Brasil.

Seja o primeiro a comentar!